segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Deus é brasileiro e a cerveja também

A cerveja é preferência nacional dos brasileiros. Trata-se de uma bebida fermentada com baixo teor alcoólico - uma latinha de cerveja tem em média 6% de álcool e por volta de 130 calorias. Em meio a esse vício em forma de líquido, temos uma indústria cervejeira que fatura bilhões e, que desenvolve campanhas publicitárias formuladas, visando inflar ainda mais as vendas.

Muito antes de chegar em nosso país, a cerveja já era conhecida por sumérios, egípcios e mesopotâmios, desde pelo menos 4 000 a.C. Contudo, de fato, a "loira", como fora apelidada em solo tupiniquim, é de longe a bebida mais procurada por aqui. Mas, o intrigante é achar uma resposta satisfatória sobre a adoração que os brasileiros têm por essa mistura feita à base de cevada.

A ligação existente com a cultura caracteristicamente brasileira explica tal questionamento. Num país cujo povo é feliz com futebol, samba e festa, a cerveja cai como uma luva. É razão para que amigos se reúnam aos fins de semana, conversem e bebam juntos sem preocupações maiores. Aqui, a cerveja é tratada diferente das outras bebidas, pois serve para compartilhar momentos. Não é considerada uma bebida "individual", como a tequila, a vodca, drinks, etc.

Aproveitando essa sutil idéia de confraternização que a cerveja possuí perante a sociedade, as empresas fazem uso de mecanismos persuasivos que induzam o consumidor a optar pelo seu produto, ressaltando a sua marca. Sendo assim, as cervejeiras não são mais meras fábricas de cerveja. Elas também são fábricas de conceitos de cerveja, visto que, quando o produto é distribuído, rotulado, pronto para ser bebido; além de tais elementos, a cerveja carrega consigo a ideologia da empresa. Já nos anúncios veiculados em todo tipo de mídia, o objetivo é demonstrar um clima de diversão. Além de algumas propagandas, incitarem o lado sexual do produto. Como se uma pessoa que bebesse a cerveja X, ficasse mais bonita e atraente do que a pessoa que consome a lata da concorrência.

Sabe-se que a primeira indústria cervejeira foi fundada em 1888. Porém, não cabe a data de fundação da empresa a explicação sobre o poder que a cerveja exerce sobre o consumidor; a ponto de geladeiras de todo o país ficarem abarrotadas de latinhas. Em suma, concluí-se que, pela idéia transmitida em campanhas publicitárias, bem como pela cultura nacional, a cerveja tem espaço garantido na vida dos brasileiros.

PS: cerveja pode lembrar carnaval ou qualquer reunião. Me lembra, e muito! Mesmo não gostando de beber tal néctar dourado, tenho amigos queridissimos que são adeptos da breja life-style. Em todo caso, tô com Chico B. : 'Carnaval, desengano. Deixei a dor em casa me esperando. E brinquei e gritei e fui vestido de rei. Quarta-feira sempre desce o pano'.

[texto escrito originalmente a pedido de uma professora 'louca' e conservadora de língua portuguesa, em um semestre passado da academia]

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

mais do [live] journal

Conceito é conceito, portanto tais significados devem ser citados:

colchetes sm.pl. Parênteses formados de linhas retas;

sadomasoquismo sm. Perversão sexual que associa os impulsos sexuais agressivos do sadismo e do masoquismo;

intelectual adj. 1. Relativo ao intelecto. 2. Que tem dotes de espírito, de inteligência. 3. Pessoa devotada ás coisas do espírito, da inteligência.

Em suma, tudo o que vier a ser postado, discutido, elaborado, jogado ao vento, etc., etc., e etc., por intermédio deste blog deve ser considerado 'pensamento livre'.

ps: a palavra 'sadomasoquismo' foi usada exatamente para frisar o intuito de liberdade, que serve como proposta básica e temática para isso aqui. Portanto, é utilizada apenas como metáfora e não apresenta nenhuma conotação sexual.

Qual a graça de explicar tudo?
Que sejam iniciados os trabalhos [entre colchetes].

Rascunho

Eu tenho medo dos meus sonhos. Medo simples, dissolúvel e com uma única explicação: a maioria deles costuma acontecer. Já me peguei pensando uma ilusão muito grande, digo ilusão por não imaginar que tal feito aconteceria. E aconteceu. Não somente nessa vez, mas outras tantas. Devido a esses fatos – que nem o subconsciente desta mente incansável denota sentido – passei a temer o sono, ou melhor, a conseqüência dele. No meu caso, dormir e sonhar andam de mãos dadas e bebem cosmopolitan sem se preocupar com as culpas imorais do outro dia.

Meus ideais não são do tipo que se arrependem, que não fazem por medo; não dão a mínima á opiniões alheias e têm prazer em fugir do que normatiza. O politicamente (in)correto vem em doses bem servidas de amor, de vontade e de tudo isso que essas duas sensações podem trazer. Amor no que tange a auto-suficiência, devotar-se pelo corpo e se aprofundar nele. Nada de compartilhar doçura e carinho com quem não ousa, não faz por merecer de alguma forma. Já a vontade se faz sozinha, surge pelos seres menos prováveis e não tem explicação de onde vem nem pra onde vai.

Prefiro parar com estes escritos, por enquanto. Ontem eu tive um sonho, e foi tão fugaz. Clichê seria afirmar que parecera 'tão real'. Contudo, fora um sonho em meio a uma noite bem dormida. Por ora, não me preocupo. Os meus sonhos refletem o que eu quero e o que eu vou ter.

Por incrível que pareça, acordei com o mesmo gosto (...)

postado [originalmente] em: 6 de Fevereiro de 2007 ás 19:36

segundo;

[ganhou outra importância]

postado [originalmente] em: 24 de Janeiro de 2007 ás 02:11

primeiro;

1. Falta de tino, de juízo; loucura.
2. Ato ou palavra de desatinado.

'Sucessão de fatos que podem ou não ocorrer, e que constituem a vida do homem, considerados como resultantes de causas independentes de sua vontade; sorte, fado.'

[o futuro]

postado [originalmente] em: 24 de Janeiro de 2007 ás 01:44

Quando chega dezembro

Clamores natalinos (tsc tsc), todas aquelas luzes na cidade e a leva de clichês de todo ano me fazem escrever agora. A propósito, sem certeza, afirmo que boa parte do que fora sublinhado por aqui é cercada de fatos não previsíveis e com um teor de atualidade embriagante. Posso ser uma fábrica de clichês; enquanto eu tiver o controle isso é bom – e vício é vício, sempre.

A temporada 2006 foi inexorável, para não falar outra coisa. Digamos que 80% dos planos pensados meticulosamente não foram colocados em prática. Isso significa que os outros 20% restantes foram? Não. Digo 'não' sem dor alguma, pois tudo acontecera atipicamente, da melhor maneira e do jeito que eu mais gosto. Quem me conhece bem, sabe que a falta de rumo é algo encantador para mim, de verdade.

A guria conhecida como 'aquela do piercing no nariz' fez muita brincadeira com essa vida. Descobriu que o mundo é um moinho repleto de segundos, cabendo a ela buscar pelo seu tempo e fazê-lo valer. Segurava o relógio com os dedos, prendia cada milésimo.

Arrumou o que fazer, depois desfez. Não ficou parada. Mania de foto em preto e branco, só não mostrou para ninguém. Percebeu que não gosta de atender ao telefone, contudo, adora ligar para ouvir a voz dele. Dançou com muitos ‘alguéns’ – dançaria mais, dançaria com todo mundo e levaria um tudo de cada. Evoluiu, musicalmente falando. Aceitou alguns convites e até fugiu de um deles. Ainda gosta de vodka com energético. Gosta mais ainda de tequila. Tattuou pra vida inteira. Adquiriu uma adoração repentina por psicologia. Casou por amor e pediu divórcio pela liberdade. Ficou feliz, mas não chorou nem por alegria; complexidade elevada, bem a cara dela.

Cantadinhas baratas, bebidas quentes, pessoas quentes. Cercada por almas pensantes, dessas que gostam de ler as crônicas de Xico Sá e ouvem Björk. Conheceu figuras que nem ousaria idealizar. Aliás, essas pessoas 'não idealizadas' são as que costumam gerar reflexões desmedidas e que não a deixaram dormir algumas vezes.

Faltou fôlego na hora. A vontade ficou de graça, não foi embora nem no final do ano. Clichê por clichê, isso não muda e ela adora.

Mais 365 dias desproporcionais, ao som de Stereophonics, de muitos rascunhos e teorias absolutas.

A propósito, sabe a recente paixão assumida pela prática da psicologia? Isso tem a ver com a sina atribuída ás vontades de todo dia, uma de cada vez ou todas num turbilhão etílico.

Quero tudo isso por muito tempo, ponto.

postado [originalmente] em: 28 de Dezembro de 2006 ás 16:36

Suburban Striders

Não importa o que disse na última vez. Prometi-me não escrever sobre isso, nada disso. Não queria gastar palavras, nem o meu vocabulário sádio pra dizer: você é foda! O estilo atônito que me tomava, era simples. Tu não és o primeiro em nada – quase nada.

Quantos outros já não me trouxeram as mesmas sensações? Tanta semelhança, pra pouca explicação lógica. De fato, confesso, você me consome em demasia; seja pelo dragão tatuado ou pelas estrelas na canela.

Adivinho, arrisco, não arrisco. Desligo o telefone só pra não ter que atendê-lo. Mando e-mail. Não respondo. Silencio o teu melhor. Gasto o meu tempo. Perco esse tempo.

'Sometimes is never quite enough
If you're flawless, then you'll win my love
Don't forget to win first place
Don't forget to keep that smile on your face

Be a good boy
Try a little harder
You've got to measure up
And make me prouder'

Incrível lembrar disso agora.

PS: o título tem dono.

postado [originalmente] em: 8 de Dezembro de 2006 ás 02:18

desire.

[Estação: Novembro]

Cuidando do jardim que lhe fora dado. Regava as plantinhas com todo o zelo, como quem cuida de um amor; daqueles que dá vontade de guardar num potinho, lançar a chave e rogar para que aconteça no tempo certo. Bem dito: tempo; que se move sozinho e sorrateiro, brinca com os sorrisos, enfeitiça a dona do jardim e vai embora. Cada capítulo se faz quando se permite olhar ao redor. Pessoas bonitas – por fora, por dentro, pelos lados – um resumo de você. Me afinco em convidá-lo a morar em meus olhos, mas acabo por me proteger de qualquer sensação tua.

Brisa. A saída noturna, para qualquer lugar. Ela colocou o melhor de si, beleza materializada em fragrância doce. Um corpo a mais, uma bebida a mais e qualquer verdade é bem vista. Aliás, todos aceitam mentiras com mais facilidade. Porém, mesmo podendo causar algum tipo de reação, a verdade era fato. Digo, a verdade dela.

"Tudo tem um fim, a gente sabe", disse em uma frase escondida.

Idéias dissolvidas em abstrações subjetivas, esse tipo de diálogo é atraente. Há tanto prazer nisso, em vê-lo sofrer.

Hora certa, pessoa errada.
Hora errada, pessoa certa.

Prefiro errar na hora certa.

postado [originalmente] em: 2 de Novembro de 2006 ás 23:50

dessert;

quando eu digo 'tiro';
você diz 'casamento',
isso sim, é contradição.

postado [originalmente] em: 25 de Outubro de 2006 ás 04:58

desert;

não me enterro em textos;
não ouse cogitar essa possibilidade.
quer julgar, julgue.
mas, não duvide da sua opinião.

ou, eu me irrito com a tua hipocrisia.

se te vale um conselho (ou algo do gênero):
abra qualquer rastro do teu pensamento;
seja o jardim,
se prontifique;
encha o teu corpo;
e se questione quando puder.

postado [originalmente] em: 26 de Agosto de 2006 ás 23:28

Rio de Janeiro

Buscando o anonimato. Privando-me de emoções. Sem querer ser importante o suficiente pra quem é motivo de importância absoluta. Muito pra mim, ainda é tão pouco. Tuas mudanças me alegram, mas não o bastante. Queria tanto você por perto, bem perto:

– Quem te disse?

O som da tua voz entorpece e refugia precipícios invisíveis. Cabe como rima em decassílabos poéticos ou em alguma melodia pra qualquer música que remeta os meus sentidos.

O texto decorado é esquecido, pois não me cobraras atuações teatrais – embora estivesse presente na cena, como eu desejava. Meus desejos, aliás, serão divididos á partir de amanhã, e depois de amanhã e depois e depois e depois de amanhã. E o fim será repetitivo.

postado [originalmente] em: 24 de Julho de 2006 ás 23:19

Bebendo vinho e matando o tempo.

Escrevo não somente pelas palavras, ou por qualquer emoção que estas podem trazer. Escrevo pra calar o teu silêncio. Algo que me paralizou momentâneamente, assim foi. Peças se juntam e formam o que já não tinha mais sentido. Suma de mim! Corroa outro lugar! Minha mente se desfaz a cada vez que o mesmo ressurge. E porquê? Escrevo para que as letras tenham melodia e que aglutinadas, sejam felizes (...) Escrevo fingindo que não lerá esses escritos. Entretanto sei que, quando passar por estas, não terá dúvida.

Escrevi pra quem mereceu.

Nem que por uma hora. Tinha contado mais de duas horas em vão; em que as palavras se dissolveram de maneira rápida. Fora cativante desde a primeira interrogação. Depois da segunda, eu já vendia respostas por um preço barato. Você poderia pagar por qualquer verdade que quisesse, eu deixaria. Escrevo pela ânsia, pela palpitação. Nada disso vive mais. O tempo fugiu sem lamentações. Só o seu sorriso ficou.

postado [originalmente] em: 23 de Abril de 2006 ás 01:36

[play the game]

Certa vez me peguei observando detalhes. Não só o contorno dos olhos, a cor dos cabelos ou o ópio que me tomava de modo súbito. Sentia conforto em fitar tais detalhes. As listras da camisa já não eram mais tão bregas, e até as músicas que a minha mãe ouvia faziam sentido agora.

Entendem o drama? Passei a furtar alguns discos (sem que ela percebesse obviamente), de grupos melodramáticos tipo Carpenters e cia ltda. Nem eu consigo acreditar, enfim.

Desmontava-me com os questionamentos mais simples; e eu negando respostas, como sempre. Percebendo o meu regresso, o sujeito, no alto dos seus um metro e noventa, voltou duas casas atrás. Como num jogo desses de tabuleiro, em que um pino entra em guerra com os outros. No caso, ele possuía o pino com o qual eu jamais joguei. A escolha foi dele. Antes de pegar a minha bolsa (numa tentativa frustrada de ir pra casa) e selar aquela tentação em forma de homem, salvei os seus últimos apelos:

– Sua vez de jogar.
– Eu não preciso jogar, passo a vez.
– Admito que esse seu jeito me intriga, sabia?
– Que bom pra você.

Muito bom, aliás.

postado [originalmente] em: 30 de Maio de 2006 ás 19:45

Você esqueceu a chave do carro na minha bolsa.

Tudo se resolveria assim mesmo. Nada simples. Confuso, me aguça ainda mais. Ânsia de escolher. Ânsia de negar. Mas, tudo bem. Nada fora pré escrito. Nenhum manual de instruções indicando o que deveria ser feito ou não.

Sentidos,
sentidos,
sentidos.

A razão já se mostra bipolar, distante. O calor se envaidece e me move:

– Sem arrependimentos, sempre!
– Fala isso por você ou por mim? em meio a dúvida, surgiu a questão.
– Falo isso por nós!

Como um sussurro, o silêncio se fez de modo ligeiro.
Calou-me com o mesmo veneno.

postado [originalmente] em: 1 de Março de 2006 ás 04:19

Carma e cama!

– Rasga, rasga! Eu tô pedindo.

E aquilo me soou tão intenso, tão fidedigno. Não tive como recusar tal auxílio. Com uma ligeira delicadeza habitual e total aflição cumpri o que fora pedido. Aquilo doía em mim também. E não tinha como não doer. Eu estava tão envolvida, mais do que podia até:

– Você tá melhor?
– O que você acha?
– Não complica! Eu não quero achar nada.
– Pára de ter medo de arriscar e me fala alguma coisa.
– Essa mania de me confundir te persegue, só pode! Meu carma.
– Instigar é diferente de confundir.
– Aí, já tá começando!
– Eu gosto da tua voz quando fica assim...
– Você gosta é de me confundir, eu já disse.

Com um sorriso costumeiro desfez qualquer início de confusão. Prendendo de tal maneira a minha atenção, que eu poderia cronometrar os meus batimentos cardíacos. Falava gostar da minha voz quando eu ficava embriagada com a maneira que persuadia em tudo; mal sabia que eu sorria por dentro, algo tão instantâneo. E o telefone não parava de tocar. Como repudio essa maldita invenção! Graham Bell o fez num dia muito infeliz. Como dizia, o telefone tocava... e tocava.

– Não vou atender mesmo! (disse num tom sarcástico)
– Tão cedo, quem está ligando desiste! (exclamou num tom baixo, como se quisesse que apenas eu ouvisse).

Silêncio. O telefone parou de tocar.
Respiração.
Pensamentos.
Brincadeiras.

– Tudo isso é verdade. (falei sem pensar, eu deveria ser mais forte e resisitir)

E os segundos corriam ininterruptamente. E ainda correm, pois não posso pará-los.

postado [originalmente] em: 11 de Fevereiro de 2006 ás 07:28

contos inventados, ordens e normas



Chovendo,
Caindo,
Matemática, lógica.
Se perca.



Por que gostar de histórias criadas? Questionável.

postado [originalmente] em: 2 de Fevereiro de 2006 ás 02:26

[auto-suficiência em] auto-suficiência

Desde cedo, auto-suficiente.
Mas, então, como poderia oferecer explicação á isso?
Não existia. E nem precisava.
Inventando cada dia (por distração mesmo).
Nossa divindade particular. Nossas histórias confidenciais.

postado [originalmente] em: 19 de Janeiro de 2006 ás 12:17 am

depois de umas e outras;

Overdose de insanidade – mode [ON]

(...) não obstante de mim, arrisco afirmar que há aproximadamente 5 metros cúbicos precisos de distância dos meus pés até o objeto destinado. Um ponto vermelho, formando-se em latitudes longitudinais. Dia inesquecível, memorável. Porém, todavia, entretanto, contudo (como gritara aos berros a professora, nos primórdios da minha vida escolar), advirto á mim mesma os riscos dos meus atos. Advirto? Sim, eu disse que sim! Ora pois, cumprir o que conceitualmente mostra-se politicamente correto ao extremo não satisfaz a minha ânsia.

Não deveria, eu faço!

E assim, como fora avisado. A pequena garota, não tão longe da figura superior em que demonstra estar integralmente inserida – sem modéstia alguma mesmo "C'est la vie", diga-se de passagem - , constrói o seu labirinto particular (...)

Ponto final.

postado [originalmente] em: 7 de Janeiro de 2006 ás 05:05

Feliz Páscoa!

E começa a sessão mais clichê de todo o ano. Desencadeada, obviamente, pela data mais capitalista do calendário mundial: reverências natalinas (tic).

Dia 24, véspera do dia 25. Ai ai, nascimento do menino Jesus? Que isso! Vamô é pro shopping gastar horrores. Isso é o que orna! (ps: sem nenhuma apologia religiosa). Acho tão surreal considerarmos, de modo extremamente fervoroso apenas dois dias do calendário. Acho minímo, acho pouco. Odeio o "achismo", por isso escolhi tão medíocre verbo pra demonstrar o que eu "penso" á respeito.

Portanto, não me venha com desejos de Feliz Natal, Boas Festas, Feliz Ano Novo! Bah! Meus anos possuem 365 dias; dos quais vivo de modo intenso, abrupto e inesperado. Não vejo teoria mais infeliz á que atribui apenas dois dias de suma relevância.

Escrevo isso porque fiquei puta mesmo! Minha caixa de e-mails lotada, scraps á la ctrl/c + ctrl/v (ou a poha do meuorkut.com), cheia de mensagens de desconhecidos que se sentem na obrigação de me desejar FELIZ ANO NOVO!

Eu gostaria de pensar que cada mensagem recebida detém conotação verdadeira. No entanto, eu sei que ansiar "toda a felicidade do mundo" pra mim, não é dividir a sua felicidade comigo. Mania de gente hipócrita isso. Não quero isso próximo de mim. Nem em 2006 nem em ano algum! Pelo contrário, eu faço absoluta questão de ter pessoas excêntricas 25 horas por dia comigo. E, que estas compartilhem surpresas com a minha vida. Aliás, especificamente pessoas que me surpreendam. Daquelas que me deixam contentes com uma ligação inesperada no meio da madrugada. Daquelas que lutam por mim, que me peçam aquele abraço "quebra-costela". Daquelas que me apresentam sempre coisas novas. Daquelas que venham em casa sem avisar. Daquelas que me acordam de manhã abrindo a janela do meu quarto e gritando "bom dia". Daquelas que me façam querer estar ao lado delas. Daquelas que planejam viagens mirabolantes pelo mundo todo. Daquelas que me passam cola no meio de uma prova bizarra, percebendo que eu não estudei poha nenhuma. Daquelas que bebam tequila comigo, que brisam comigo. Daquelas que me deixam bilhetes inesperados. Daquelas que tiram mil fotos comigo, mesmo que nenhuma fique boa o suficiente. Daquelas que me aconselham. Daquelas que brigam comigo e fazem ás pazes o mais rápido possível. Daquelas que gritam em montanha-russa. Daquelas que me levam pra melhor balada do universo, nem que essa "ultra-balada" seja ficar em casa vendo filme e comendo pipoca. Daquelas que me contam as histórias de suas vidas, que se tornam minhas amigas e que me façam querer ser amigas delas em constância equivalente. E principalmente, eu amo aquelas pessoas que vêem nos problemas a oportunidade de começar tudo de novo (...)

Tenho sorte em conhecer pessoas com tal adjetivo.

Feliz Ano Novo poha!

postado [originalmente] em: 30 de Dezembro de 2005 ás 12:13

Livro roubado

Escrever, escrever, escrever (...)
Eu prefiro a ausência das palavras a estagnação destas.
Não me apresente palavras, as faça valer.
Não me apresente teorias nem qualquer poesia em vão.

Seja melhor, vá além.

Desista de conhecer a minha verdade, mas se preocupe em me mostrar a sua.

Por fim, fora dito:

"Minha defesa está desafinada;
Meu sonho não é ele; e se mudasse
Assim de rosto, eu nem o conhecia.
Que as almas do céu todas me ajudem;
Falando em seu favor, fiz o que pude,
E virei alvo do seu desprazer
Por ter falado: tem que ter paciência;
O que eu possa, eu farei, que será mais
Do que por mim eu ouso. Que isso baste."


postado [originalmente] em: 16 de Dezembro de 2005 ás 05:51

young;

[saindo do livejournal.com para uma temporada entre colchetes]

Finais poderiam ser previsíveis,
Se os começos não surtissem notoriedade.
E aquela garota se fora;
Previsível,
Previsível,
Previsível,
Previsível;
Infantil,
Porque você acha isso.
Provoco risos.
Te instigo a me provocar.
Não quero nada que venha de você.
Mas, sei que fazes o que eu mando.
Eu não preciso de você.

postado [originalmente] em: 13 de Dezembro de 2005 ás 22:50