terça-feira, 2 de junho de 2009

Colonização

O título não caberia no post, por isso ganhou outra importância tornando-se parte inicial para a pequena narrativa que virá a seguir. Somado a isso, a ânsia pelo verbo 'colonizar' fez dessa que vos escreve criatura fácil ao ato em si e a deixou em status de 'colonizada'.

Em outros trópicos antigos, colonizar implicava em: 1) pedido formal da mão de alguém aos progenitores desse alguém; 2) aliança na mão direita; 3) aliança na mão esquerda; 4) contatos físicos mais proeminentes; 5) nove meses; 6) que dure para sempre.

Pular-se-iam as regras dessa colonização e o inverso seria feito de forma desfeita: 1) que dure o quanto tiver que durar; 2) contatos físicos rapidamente mais proeminentes; 3) não cogites os nove meses, por gentileza; 4) mão esquerda e mão direita livres; 5) informalidade e 'vem cá, vem'; 6) te ligo amanhã tá?.

Colonização em épocas luz atrás era uma coisa, hoje é outra. O sentido exploratório é o mesmo, aproveita-se o melhor. Só o quesito referente ao 'habitar', isso foi meio que esquecido. Ninguém precisa habitar-se em ninguém e todos seguem assim, passos em contraponto, vontades submersas que um dia hão de se fazer refém e serão colonizadas como fora antigamente. Ah, se vão.