Escrever é um ato gratuito. Um pedaço de papel e uma caneta já resolvem a premissa inicial. Depois disso, é só começar. Não fosse a falta de tempo, imersa num caos delimitado em investimentos promissores e auto-sustentáveis, a baronesa escreveria mais.
Ela ordenaria que seus criados tomassem conta dos minutos e selassem-nos para que ela, tranqüila, sentasse à mesa ou encostasse em algum canto onde fosse possível apoiar as costas confortavelmente.
A baronesa teria vinho como companhia. Duas taças para as primeiras linhas, e o restante da garrafa para percorrer lentamente a garganta até que a última gota se despedisse. O cigarro pronto para ser tragado quando o terceiro parágrafo fosse iniciado.
Ao final dos escritos, outro cigarro prestes a ser aceso. E o texto, assim como na maioria de seus outros contos, teriam continuidade quando tivessem merecimento.