Eu nunca vou entender os pequenos encontros dessa vida. Digo pequenos não pela dimensão em si, mas porque bastam poucos segundos pra que esses encontros se tornem algo maior. Perdoe a minha quase-confusão com minhas metáforas e contraposições: pequenos encontros versus algo maior, caro leitor. Não passa de um truque para eu não esquecer o que tenho vontade de registrar por aqui.
Amigos se reconhecem, é fato. Eu só queria saber em que milésimo de segundo isso tem início. No primeiro segredo compartilhado ou quando a cerveja se encerra no copo enquanto se pede outra? Isso não é importante, mas eu gostaria de saber.
Vejo fotos, sorrisos e imagino os abraços que recebi e os que dei em troca. Leio textos e cartas, ouço músicas em comum e lembro de alguns nomes sem nem perceber. Todo tipo de mensagem é suficiente pra consolidar alguma coisa que a gente não consegue ver fisicamente. O intangível amigo, talvez seja essa a nomenclatura exata, escolha a que quiser.
Dos textos que escrevo, este é um dos poucos que já não veio pronto, bastando apenas publicá-lo - não me lembro de outro. Ainda não sei sua real finalidade. Principalmente quando lembro que escrever é um pouco se perder no meio das palavras e deixar que elas falem por si no momento certo.