domingo, 25 de outubro de 2009

Kamikaze

Eu poderia ser o parque de diversão preferido de qualquer psicólogo, analista, terapeuta e cia limitada.

Eu causaria tanto pavor quanto um castelo assombrado, desses que tem atores se fingindo de personagens de filme de terror. Não duvido que eu deixaria qualquer doutor tendo noites mal dormidas e pensando sobre os delírios que confessei no divã.

Quanto ao doutor (ser masculino), sim, tem que ser 'ele'. Eu quero um homem me ouvindo. Nada contra uma doutora, mas, sinceramente, eu acho que perderia a graça. Certeza que ela me entenderia em cinco segundos por simbiose e auto-identificação. Sem contar que me excitaria muito mais persuadir pra um cara, óbvio.

Eu teria tantas voltas como uma montanha-russa, sendo capaz de cair no improviso e retornar as alturas de forma idealizada. Aliás, essa metáfora à la rollercoaster não é exclusividade minha. Outros textos já se apossaram dela pra exemplificar situações onde o sujeito está em derrocada, perdendo todo o fôlego que tem nos pulmões e se permitindo cair; quando, inexplicavelmente, esse mesmo sujeito toma o dobro do fôlego perdido e alcança ares desconhecidos outrora. E o grande paradigma de qualquer montanha-russa é esse, quando se vislumbra na queda a oportunidade de alavancar.

Por fim, eu seria o carrossel alfa do parque - com limite de visitação e trabalhos esporádicos. Afinal, estou longe de querer qualquer um abusando do meu divertimento e não costumo desperdiçar argumentação com facilidade. Inclusive pra qualquer psicólogo, analista, terapeuta e cia limitada.

Quem nasceu pra kamikaze não vira carrossel do dia pra noite.

domingo, 18 de outubro de 2009

Montauk